quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Sem Rumo

Sem rumo...
Procurando seus detalhes...
Juntando os pedaços do coração...
Colhendo lágrimas de saudade...
Sem rumo...
Sem onde ir...
E porque ir...
Se o caminho é vc...
Sem rumo...
No escuro...
Sem o reflexo...
Sem a luz dos seus olhos...
Sem rumo...
Só ha tristeza...
Dor constante...
Uma reticência...
Insistente saudade...

A Ti Querer

Não queria te querer
Você se foi sem mais voltar
Ja não sei quem sou e nem o que posso ser.

Essa ventania que não cessa
Tira tudo do seu lugar
Vem e vai sem saber onde chegar.

Não queria te querer
Além de tudo e ao que virá.
Já não sei quem sou e nem o que posso ser.

Por onde você está
Não te vejo mais
Vem e vai sem saber onde chegar.

Não queria te querer
Essa dor não terá fim
Até você voltar e trazer tudo ao seu lugar.

E em te querer me perdi
Sem cor tom sem som senti
A ti querer chorei e não sei chegar.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Perdas

Me perdi num lastro vasto vazio escuro profundo, ninguém pode achar

Esconde num canto a vergonha
Os olhos fitos fixos vagos
Entrei os seios um vácuo

O rastro de uma estrela flamejante
Arde queima afoga inunda
Voa no espaço vasto me arrasto

No chão está o denso amor
Continuamente sem parar sem ponto final sem ter onde ficar

Felicidade

Felicidade
Menina faceira
Lépida e arteira
Tilintando seus traques
Salteia na areia
Passeia pelas estrelas

Pobres daqueles que
Perdem seu rastro
Mesmo com seus brilho
Perdem seu trilho

Voa voa minha pequena
Grande amiga
Mas não vá para longe
Goste de te ver no horizonte

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

A Música Em Seu Lugar

Entre seus dedos há um som sem acordes, assim como em seu coração.

Tão vazio que o silêncio se assusta. Sua letra não pôde ser música, bem como seu amor verdade.

Como evitar? Quem pode? Quem a responderá?

No tempo seu corpo dança, sem  desnudar sua alma. Dilacerada pelo que se sente.

Gelado em pedra o antes vivo coração, que bate e só soube amar em uma nota só.

Como evitar? Quem pode? Quem a responderá?

Total Tristeza

É tanta dor
É dor do amor
É tanta solidão
Machuca o coração.

Corroendo por dentro
Devastando as cores
Em meio a horrores
O grito do silêncio me sufoca
Fecha a porta
Me amarra em cordas
No extenso vazio
Ardendo de frio
Me afogando no rio
Arrastado pela correnteza
Tenho a certeza
Da total tristeza
Da angustia plena.

É tanta dor
É dor do amor
É tanta solidão
Machuca o coração.

sábado, 6 de agosto de 2016

Amarga Saudade

Velo seu sono em meus  pensamentos
Pela leve, longa, escura noite insone
Na profunda dor amarga sua ausência
Navego no mar da saudade sem leme, a deriva
No peito falta ar, no coração,  força para continuar
A real, cruel e farta distância limita os sentidos naturais.
Impede as mais simples demonstrações do desejo.
Contudo, ainda mais alto, forte e sublime, o amor faz com que a realidade se materialize em sentidos.
Sinto seu odor, seu calor.
O sussurrar da sua voz e o toque das suas mãos.
Distância? Quem és tu para me condenar? Como me encarcerar, se a minh'alma é livre para alçar além do infinito aquele que me faz sonhar.

A Negra Flor

No meio do caos
A negra flor nos porões
Sua vida na escuridão

Submundo tão meu
Senso tão seu
A ausência explica

A morte e negra
Envolvente flamejante.
Traiçoeira e arrogante

A luz se esconde
Ruboriza de medo
Enfraquece a força

Estremece esmorece desaba
Como quem não sabe
O fim do túnel.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

A Tempestade e o Mar

A densa neblina e a fina chuva que caia, não abalava a sua frágil força.

E num curto espaço de tempo, onde o sol parecia brilhar para seu descansar, o dique se rompeu.

Poderia permanecer ali, impedernido, estático e imóvel até o seu findar.

Mas uma forte tempestade, daquelas que ninguém pode prever e abrigar, você veio... tão forte, que se rompeu.

Um instante, um raio, um trovao, impossível de conter nem desviar como da força de um leão.

Agora há um mar revolto em meu coração. A grande tempestade que veio, parece ter se dissipado em finas gotas.

Olho para o alto, espero nuvens carregadas. Orarei por um tempo chuvoso, para que meu mar não se transforme em pranto.

A tempestade teve seu desejo realizado. Conseguiu, o que o vento anunciou com as suas palavras.

Quem nunca foi atingido por uma chuva tão forte que pode se abrigar? Não tive tempo de tentar.

A razão disse nada, mas assim como tudo que havia lá, está no meio das águas.

Lutaria para não ser levada... Mas não me movi. Você é minha tempestade e eu sou seu mar.