segunda-feira, 1 de agosto de 2016

A Tempestade e o Mar

A densa neblina e a fina chuva que caia, não abalava a sua frágil força.

E num curto espaço de tempo, onde o sol parecia brilhar para seu descansar, o dique se rompeu.

Poderia permanecer ali, impedernido, estático e imóvel até o seu findar.

Mas uma forte tempestade, daquelas que ninguém pode prever e abrigar, você veio... tão forte, que se rompeu.

Um instante, um raio, um trovao, impossível de conter nem desviar como da força de um leão.

Agora há um mar revolto em meu coração. A grande tempestade que veio, parece ter se dissipado em finas gotas.

Olho para o alto, espero nuvens carregadas. Orarei por um tempo chuvoso, para que meu mar não se transforme em pranto.

A tempestade teve seu desejo realizado. Conseguiu, o que o vento anunciou com as suas palavras.

Quem nunca foi atingido por uma chuva tão forte que pode se abrigar? Não tive tempo de tentar.

A razão disse nada, mas assim como tudo que havia lá, está no meio das águas.

Lutaria para não ser levada... Mas não me movi. Você é minha tempestade e eu sou seu mar.

2 comentários:

  1. Oi, Aline.

    Parabéns pelo poema e pelo blogue.

    Quantas vezes não desejamos ver o nosso "mar" um pouco agitado? O que seria dos surfistas se todas as águas fossem calmas como as baías?

    Um abraço.

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  2. Verdade querido Rodrigo.
    E uma honra receber seu comentário!
    Grande abraço.

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